A Primeira Guerra Mundial terminou com o Tratado de
Versalhes, contudo os Estados Unidos da América não assinaram. Foi utilizado o
acordo chamado de 14 Pontos de Wilson, além da não participação da Liga das
Nações (Versão inglesa), também chamada Sociedade das Nações (Versão francesa),
decisão tomada pelo presidente Woodrow Wilson.
Enquanto a situação econômica dos EUA se modificou
drasticamente com o advento da Guerra, passando de maior devedor a maior
credor, as administrações federais estadunidenses, entre 1920 e 1932,
priorizaram o isolacionismo e o liberalismo econômico. Amparados na Doutrina Monroe “A América para os americanos”,
que se desdobrava em “A Europa
para os europeus” com suas questões
particulares e conflitos. O governo faz campanha para expandir The American way of Life a todo
continente americano baseados na Doutrina Monroe.
As fronteiras nacionais continuam contestadas e há
indecisão, mesmo com os tratados ratificados. Conflitos particulares, guerras
civis, incompreensões políticas, destruição de cidades e drástica redução
populacional devastaram a economia europeia.
Na Rússia, Vladmir Lênin aplica o ‘comunismo de guerra’, durante a guerra civil russa 1917-1920,
posteriormente aplica a NEP (Nova
Política Econômica), onde Lênin afirma: “É um recuo estratégico, pois a Rússia
não está madura para a sociedade sem classes”.
Comunismo de guerra:
Estatização de todos os produtos produzidos na Rússia.
NEP: Liberdade de comércio interno, liberdade
de salário aos trabalhadores, autorização para o funcionamento de empresas
particulares e permissão de entrada de capitais estrangeiros para a
reconstrução do país.
Enquanto, na Europa, os governos se recompõem, as tentativas
de Revolução Socialista são esmagadas. Na Alemanha, Liebknecht e Rosa Luxemburgo
são assassinados. Apenas na Hungria houve um governo revolucionário, que fora
esmagado em apenas 100 dias por tropas estrangeiras, notadamente as do exército
romeno.
Na França, na Grã-Bretanha e na Itália, o movimento
socialista não se traduziu em tentativa de tomada de poder. Houve, contudo uma
desunião da esquerda política. O governo francês lançou mão da força armada e a
CGT (Confederação Geral do Trabalho)
é dissolvida.
A Itália apoia Benito Mussolini como primeiro-ministro em
1922, e em 1925 é instaurada a ditadura fascista com a titulação de Mussolini como
Il Duce (o líder).
Na Alemanha surge o
Partido Nazista em agosto de 1919. Alguns aspectos característicos do Partido
Nazista são o antiparlamentarismo, a exaltação da pureza da “raça” ariana e o
consequente racismo, o coletivismo, a defesa da eugenia como ciência auxiliar
no melhoramento racial da população, o antissemitismo e extrema aversão ao
liberalismo econômico e às ideologias de esquerda.
Surge uma identificação coletiva com o totalitarismo
idêntica à Itália. Adolf Hitler fracassa em sua tentativa de golpe de Estado em
08/11/1923, acaba preso em 10/11/1923 e condenado em 01/04/1924 a cinco anos de
prisão. Acaba cumprindo a sentença por apenas nove meses. Ao ser solto
apresenta aos correligionários o livro Mein Kampf. Contudo em 30/01/1933
torna-se chanceler.
Nos EUA, em 1919, as moralistas ligas femininas americanas
aprovaram a 18ª emenda a constituição e uma lei chamada Volstead Act que
proibia a fabricação, venda e consumo de bebidas com teor alcoólico superior a
0,5% em volume. Logo surgiram o contrabando, e a falsificação de bebidas. O
comércio clandestino em clubes, cassinos e bares desenvolveu um milionário
negócio de gângsters que exploravam também o jogo e a prostituição, com a conivência
de policiais, juízes e políticos corruptos.
Isso resultou em uma desmoralização da lei, visto que o
próprio relator da 18ª Emenda, senador Morris Sheppard, tinha uma destilaria de
uísque em sua fazenda. Em 05/12/1933 pelo presidente Franklin Delano Roosevelt.
O decênio de 1920 foi um período de grande desenvolvimento
econômico. A produção industrial foi adaptada para aumentar a eficácia dos
trabalhadores e maximizar lucros através da divisão e organização do trabalho,
possibilitando a produção em série.
Entretanto, em 24/10/1929, a chamada Black Thursday (quinta-feira negra), ocorreu The Big Crash (o
grande desastre), ou Big Crack (a grande quebra) da bolsa de valores de Wall
Street, Dow Jones. Foi iniciado um colapso do sistema financeiro que durou
cerca de quatro dias, que gerou um prejuízo superior a todo o custo da 1ª
Guerra Mundial.
A desordem financeira irradiou-se rapidamente abalando toda
a sociedade. Cerca de 85 mil empresas faliram, 4 mil bancos fecharam, 12
milhões de trabalhadores foram demitidos, o que disseminou a fome, e piorou a
situação de recessão econômica. No pior período da depressão (1932-33), o
desemprego superava os 20% de toda população da Europa Ocidental e EUA, contudo
a Alemanha tinha os piores índices (44% de desempregados).
Em 1933, o presidente estadunidense Roosevelt iniciou o
programa New Deal (Novo acordo), uma
política econômica intervencionista para encorajar investimentos, com baixa nas
taxas de juros, bem como a criação de um extenso programa de obras públicas, fomentando
emprego, renda e demanda de produtos industriais. As leis de seguridade social
foram aprovadas em 1935, instituindo o salário desemprego, pensões para idosos
e deficientes e desenvolveu-se uma política de saúde pública.
A economia estadunidense reagiu bem, e em 10 anos os níveis
de emprego e renda estavam bem próximos aos anteriores à crise. A partir do fim
da Segunda Guerra Mundial, o Welfare
State (estado do bem-estar social) foi implantado para recuperar os países envolvidos
no conflito.
Em 1933, a Alemanha teve eleições gerais ao parlamento, mas
um incêndio no Reichstag (Parlamento alemão) em fevereiro dominava os debates
com acusações de tentativa de golpe comunista. O partido nazista explorou esse
acontecimento e chegou à maioria de parlamentares. Adolf Hitler foi escolhido
chanceler e o partido nazista foi chamado Volkspartei
(partido do povo). O lema do governo de Hitler era Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer (Um povo, uma nação, um líder).