O livro citado visa esclarecer como as pesquisas qualitativas podem ser mais utilizadas em ciências humanas e sociais a partir da ideia principal desse modo de produção de conhecimento que é a interpretação.
A partir de seus paradigmas, o conhecimento gerado não é laborado com a frieza inexistente visada pelos postulados positivistas, visto que a imparcialidade é praticamente impossível ao ser humano, pois este tem sentimentos e afeiçoa-se a determinado fato ou pessoa. Portanto a interpretação é vista como a melhor saída na produção do saber.
Para pesquisar o profissional deve ser compreensivo para então penetrar nas ideias e assim compreender o contexto. Por isso a análise qualitativa requer mais tempo e atenção do pesquisador. Nas pesquisas qualitativas o conhecimento é gerado, também, a partir da participação dos indivíduos para a mudança ou manutenção da situação-problema.
Há a análise de conteúdo de diversos documentos, sejam eles orais, visuais, escritos, filmados. Na análise desses documentos há de se fazer cincos questões para a clarificação do ponto de vista: “Quem fala? Diz o que? Qual meio utilizado? A quem? Com quais efeitos?” Respondidas essas questões a pesquisa faz-se presente.
Antônio Chizzotti é professor titular e coordenador do programa de pós-graduação da PUC de São Paulo.
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