Voltaire no século XIV anuncia: "Quando
o povo começa a pensar, o governante começa a ter problemas.” A educação
influencia a política e vice versa, pois a educação apesar de ser apenas
reprodutora da discriminação social, pode revelar as brechas sociais,
tornando-se um instrumento de revoluções e insurreições para a socialização do
conhecimento, assim contribuindo para a evolução humana.
Por esta razão, a educação não serve a uma
perspectiva utópica de mudança na estratificação social, de mudança na mentalidade,
a educação nos moldes atuais serve para legitimar o regime atual.
A educação é uma forma de popularizar as
formas de sobrevivência, as coisas necessárias à vida. O homem difere dos
demais animais pela capacidade de criar, conservar e transmitir padrões de
comportamento característicos de suas sociedades, ou seja, cultura. Onde se
percebe e responde ao meio. Desta forma a cultura se perpetua através da
educação.
A divisão da sociedade em classes gera um
processo de aculturação por parte dos dominantes. Essa separação origina-se da
divisão do trabalho, e por consequência um desenvolvimento social e uma
sistematização estável da divisão do trabalho no âmbito do estado ou da
educação.
A Revolução Francesa mudou a educação e os
pensamentos, acarretando assim uma formação escolar voltada para o mercado que
iniciava a exigência de mão de obra qualificada para as máquinas. Com isso
iniciou-se a política de educação de massas, não para elevar a classe
proletária, mas como um aparelho ideológico da burguesia a serviço de seus
interesses.
A escola é um aparelho ideológico, porém deve
se fazer também como disseminadora de conhecimentos necessários ao
desenvolvimento das ciências. A grande questão levantada é: A educação é, na
luta de classes, uma arma de união ou separação?
Nenhum comentário:
Postar um comentário