sexta-feira, 23 de agosto de 2013

educação e luta de classes


Voltaire no século XIV anuncia: "Quando o povo começa a pensar, o governante começa a ter problemas.” A educação influencia a política e vice versa, pois a educação apesar de ser apenas reprodutora da discriminação social, pode revelar as brechas sociais, tornando-se um instrumento de revoluções e insurreições para a socialização do conhecimento, assim contribuindo para a evolução humana.
Por esta razão, a educação não serve a uma perspectiva utópica de mudança na estratificação social, de mudança na mentalidade, a educação nos moldes atuais serve para legitimar o regime atual.
A educação é uma forma de popularizar as formas de sobrevivência, as coisas necessárias à vida. O homem difere dos demais animais pela capacidade de criar, conservar e transmitir padrões de comportamento característicos de suas sociedades, ou seja, cultura. Onde se percebe e responde ao meio. Desta forma a cultura se perpetua através da educação.
A divisão da sociedade em classes gera um processo de aculturação por parte dos dominantes. Essa separação origina-se da divisão do trabalho, e por consequência um desenvolvimento social e uma sistematização estável da divisão do trabalho no âmbito do estado ou da educação.
A Revolução Francesa mudou a educação e os pensamentos, acarretando assim uma formação escolar voltada para o mercado que iniciava a exigência de mão de obra qualificada para as máquinas. Com isso iniciou-se a política de educação de massas, não para elevar a classe proletária, mas como um aparelho ideológico da burguesia a serviço de seus interesses.
A escola é um aparelho ideológico, porém deve se fazer também como disseminadora de conhecimentos necessários ao desenvolvimento das ciências. A grande questão levantada é: A educação é, na luta de classes, uma arma de união ou separação? 

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